terça-feira, 30 de novembro de 2010

O mal vem do topo.



Marcelo Freixo critica deputados ausentes no plenário da ALERJ

Passadas as eleições, o povo se esquece de se inserir novamente na realidade política a nível de decisão.
Eis aí, expressa pelo Deputado Marcelo Freixo, reeleito, uma realidade inadmissível presente e persistente no cenário do serviço público. Sim, porque os representantes também são - ou deveriam ser - servidores do povo, como bem empregam em suas campanhas.
Então é assim: vemos a maldição da negligência de muitos servidores nas nossas escolas, nos hospitais, na polícia e em todos setores, e percebemos que se trata apenas de um reflexo do topo da pirâmide. Nada que justifique... Mas a mudança tem de ser cobrada por nós. Seja na base da pirâmide, seja no topo!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Comentário do Deputado Marcelo Freixo sobre Violência no Rio

 
Violência é caso para inteligência
 
Quero conversar com os demais deputados para chamar a atenção para algumas coisas que fogem a obviedade. É claro que a situação no Rio é uma situação delicadíssima, inaceitável. Todos nós sabemos disso, mas cabe ao Parlamento um debate um pouco mais profundo, do que necessariamente faz, ou fazem os meios de comunicação. E, nesse sentido, quero pontuar algumas coisas. Primeiro, a venda fácil da imagem de que o Rio de Janeiro está em guerra. Quero questionar essa ideia de que o Rio está em guerra.

Primeiro, que as imagens, as armas, o número de mortos, tudo isso poderia nos levar a uma conclusão da ideia de uma guerra. Mas, qual é o problema de nós concluirmos que isso é uma guerra, de forma simplista? Não há elemento ideológico: não há nenhum grupo buscando conquistar o estado. Não há nenhum grupo organizado que busca a conquista do poder por trás de qualquer uma dessas atitudes. As atitudes são bárbaras, são violentas, precisam ser enfrentadas, mas daí a dizer que é uma guerra, traz uma concepção e uma reação do Estado que, em guerra, seria matar ou morrer. Numa guerra a consequência e as ações do Estado são previstas para uma guerra. Hoje, inevitavelmente, o grande objetivo é eliminar o inimigo e talvez as ações do Estado tenham que ser mais responsáveis e mais de longo prazo.

É preciso lembrar que existem outras coisas importantes que temos que pensar neste momento. Primeiro, não precisa ser nenhum especialista para imaginar que as ações das UPPs teriam essa consequência em algum momento. Não precisa ser especialista para fazer essa previsão. Era óbvio que em algum momento, ou no momento da instalação, quando não houve, ou num momento futuro, uma reação seria muito provável. Então, era importante que o governo estivesse um pouco mais preparado para esse momento. Dizer que está sendo pego de surpresa porque no final do ano está acontecendo isso não me parece algo muito razoável, porque era evidente que isso poderia acontecer.

Neste sentido, seria fundamental que, junto com a lógica das ocupações – eu não vou aqui debater sobre as UPPs, mas tenho os meus questionamentos –, acontecesse o incremento de um serviço de inteligência. Na verdade, o governo do Rio de Janeiro investe muito pouco no serviço de inteligência da polícia, investe muito pouco na estrutura de inteligência.

Vou dar um exemplo. Quem quer visitar a Draco, a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, portanto, uma delegacia estratégica? Se alguém tem alguma dúvida de que a Segurança Pública não faz investimento nos lugares devidos, vá a essa delegacia, que deveria ser muito bem equipada e estruturada, com boa equipe, bem remunerada, com bons instrumentos. Essa delegacia é uma pocilga, é um lixo! Ela fica nos fundos da antiga Polinter, na Praça Mauá, sem qualquer condição de trabalho para os policiais. Estou falando da Draco, da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado, uma das mais importantes que tem o Rio de Janeiro.

Não adianta a Segurança Pública ser instrumento de propaganda política quando, na verdade, os investimentos mais importantes e necessários não são feitos nos lugares corretos, não atendem aos lugares corretos. Se o Governo do Estado do Rio de Janeiro investisse na produção de inteligência e na inteligência da ação policial, certamente, muito do que está acontecendo – não totalmente, para ser honesto, mas muito do que está acontecendo – poderia ser previsto. A ação poderia ser mais preventiva do que reativa.

As ações emergenciais diante uma situação como essa, é evidente que precisam ser tomadas. É evidente que a polícia tem que ir para rua, é evidente que você tem que ter uma atenção maior, tem que haver a comunicação com o Secretário permanente com a sociedade, isso ele está fazendo, eu acho que é um mérito, acho que ele não está fugindo do problema, está debatendo, isso é importante. Mas nós temos também que perceber nesse momento o que não funcionou porque não adianta nesse momento a gente falar: “a culpa é da bandidagem”, isso me parece um tanto quanto óbvio, mas, o que de responsabilidade tem no Poder Público que falhou e que não pode mais falhar? Uma boa parte dos prisioneiros do chamado “varejo da droga” foi transferida para Catanduvas, o que, diga-se de passagem, é um atestado de incompetência do nosso sistema prisional que transfere para Catanduvas, porque no Rio de Janeiro a gente não consegue manter os bandidos presos, afinal de contas, há uma série de problemas: de limitações, de uma corrupção incontrolável... agora, transfere para Catanduvas e aí a solução e o diagnóstico dados pela Secretaria de Segurança é que partiu de Catanduvas a ordem para que tudo isso aconteça. Enfim, agora que o problema é de Catanduvas, a gente transfere os delinquentes para Marte?

Então, qual é a solução? O que está acontecendo de fato nesse momento? Essa juventude do varejo da droga nunca se organizou em movimento de igreja; nunca se organizou em movimento estudantil - até porque nem para escola boa parte foi -, nunca se organizou em movimento sindical; não é uma juventude que tem uma tradição, uma cultura de organização, não tem. Agora, querer achar que eles passam a se organizar e organizar muito bem, que representam o tráfico internacional?  É uma tolice. Essa juventude é uma juventude violenta que só entende a lógica da barbárie e é com a barbárie que eles estão reagindo a essa situação que está colocada no Rio de Janeiro, está longe, muito longe de ser o verdadeiro “crime organizado”.

Fica uma pergunta: quantas vezes a polícia do Rio de Janeiro, em parceria com a Polícia Federal, em parceria com a Marinha, em parceria com quem quer que seja, fez ações de enfrentamento ao tráfico de armas na Baía de Guanabara? Quantas vezes a Baía de Guanabara foi palco das ações de enfrentamento ao tráfico de armas e ao tráfico de drogas? Nunca! Não é feito porque não interessa o enfrentamento ao tráfico de armas, o que interessa é o enfrentamento aos lugares pobres, que são mais fáceis, mais vulneráveis para que essa coisa aconteça, e ficam “enxugando gelo”. Quem é que vende esse armamento para esses lugares? São setores que passam por dentro do próprio Estado, todo mundo sabe disso. A gente precisa interromper um processo hipócrita antes de debater qualquer saída de Segurança Pública. Nós temos que, nesse momento de grave crise do Rio de Janeiro, discutir as políticas públicas de Segurança que não estão funcionando. Não dá para o Governo chegar agora e dizer: “está ruim porque está bom”, “está um horror porque estão reagindo a algo que está muito bom”. É pouco e irresponsável diante do que a população está passando. Nós temos que, neste momento, ser honestos e mais republicanos e admitir onde falhamos para que possamos avançar, num debate que não pode ser partidário, mas responsável, com a população do Rio de Janeiro.

sábado, 13 de novembro de 2010

ENEM - Só um sinal do valor que tem a educação por aqui...

(Foto: passeata em Brasília em protesto pelos erros do ENEM)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, que aconteceu neste fim de semana (06 e 07 de novembro), foi marcado por confusão em todo o país. No sábado (6), além dos problemas na folha de respostas e na prova amarela, estudantes de Belém relataram erros no número de inscrição impresso na folha de resposta. Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já defendeu a anulação do exame.

Há uma briga entre a Justiça Federal do Ceará e o MEC, que tenta se explicar e garantir que todos os 
prejudicados sejam justamente atendidos e refaçam a prova.

Seu presidente Lula, em viagem à Moçambique, declara portanto 
"O ENEM foi a melhor coisa que já aconteceu", e que os erros não são tão drásticos assim...
Contudo, quem sabe da gravidade são os estudantes, que lutam desesperadamente por uma das raras vagas na universidade pública do Brasil, e veem incerto seu futuro, controlado pela vontade (ou não vontade) de políticos, muitas vezes poucos comprometidos com a educação pública.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

RIOCARD - REUNIÃO DEPUTADOS DA ALERJ - 03/11/2010

Após fazermos um contato com o SINDPEFAETEC (Sindicato dos Profissionais de Educação da FAETEC), que apoiou nossa luta,  marcamos uma reunião no gabinete dos deputados Marcelo Freixo e Comte Bittencourt (comissão de educação) e Carlos Minc (um dos autores da lei do passe livre de 2009), para resolvermos a questão. Conforme orientado na reunião no gabinete do útlimo deputado, os encaminhamentos de texto de reivindicação e nome dos alunos da escola serão realizados na semana que vem à Secretaria de Educação que deve resolver o problema em pouco tempo.
Parece que agora sim esse problema será resolvido de vez!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pra não dizer que não falei das flores - Geraldo Vandré - VÍDEO

O vídeo e a letra da música falam por si, e nos inspiram a assumir radicalmente o papel de cidadão, que vai desde o respeito ao próximo na escola, na rua e em casa, até ao voto consciente e à luta por uma sociedade mais ética e mais justa!





LETRA: http://letras.terra.com.br/geraldo-vandre/46168/

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

DIVULGAÇÃO E FOTOS - Manifestação na Secretaria de Transporte do Rio de Janeiro - 28/10/10 "PASSE LIVRE PARA BAIXADA!"




















































Galera, anunciando nossa manifestação de quinta-feira. Nós, alunos da FAETEC, juntamente com CEFET -NI e IFRJ Nilópolis, CPII de Niterói, D. de Caxias, Tijuca, Sao Cristóvao e demais escolas que apoiarão, vamos mobilizar para mais um passo para nossa conquista! Dessa vez, vai ser impossível não nos ouvirem... Pois a manifestação será em frente à Secretaria de Transporte do Rio de Janeiro (Av. N Srª Copacabana, 493), onde, durante o ato, estará acontecendo uma reunião com o Deputado Carlos Minc, o Secretário Júlio Lopes, o Detro e as empresas de ônibus da Baixada, para qual a FAETEC NI, não foi convocada a participar, diferentemente do CEFET e CEFETEQ, que estarão presentes.
Por isso, nosso ato irá reivindicar atenção à nossa situação, que em nada difere das demais escolas, e que nosso direito seja respeitado!

- Data: 28/10
- Horário de concentração: 12h em frente à estação de metrô arcoverde (Copacabana).
Obs.: Nosso ônibus sairá às 10h30 da escola.
- Objetivo: protestar contra a falta de respeito ao direito dos estudantes das escolas técnicas da baixada e exigir um posicionamento do nosso governador que se diz tão comprometido com a educação. (Só para constar: a penúltima no quesito qualidade do Brsil!)


Vamos mostrar que não aceitamos essa negligênca e dizer para que

AQUI ESTÁ PRESENTE O MOVIMENTO ESTUDANTIL!

Reportagem da reunião:
http://www.minc.com.br/profiles/blogs/minc-pressiona-empresas-de
http://www.clipnaweb.com.br/alerj/consulta/materia.asp?mat=285622&cliente=alerj&

RIOCARD - Um direito nosso. Acompanhe o processo.

Vamos publicar aqui todo o processo de petição e reivindicação pelo RIOCARD.
No fim, os trechos da Lei referentes ao transporte dos estudantes.

Como todos sabemos, desde o final de setembro / começo de outubro, grande parte das empresas de ônibus da região da baixada começaram a exigir RIOCARD. O problema é que nossa escola ainda não foi de fato cadastrada, e, portanto nos vimos numa situação crítica, já que as demais escolas possuem, inclusive as da Rede FAETEC.
É um absurdo a ocorrência dessa irregularidade e falha do sistema!
Os procedimentos que tomamos foram os seguintes:

> Contato com a direção da escola, que nos informou que já havia enviado ofício diversas vezes à FAETEC, sem receber resposta efetiva;

> Reclamação com a FAETEC, onde entregamos ofício, exigindo solução do nosso problema. A mesma alegou ignorar o fato e se comprometeu a enviar ofício à FETRANSPOR. Contudo, até então não há uma resposta concreta do posicionamento da FETRANSPOR, nem das medidas a serem tomadas pela FAETEC;

> Envio de ofício solicitando providências também à Secretaria de Transporte e à Coordenadoria de Educação do RJ;


> Entrada com denúncia/reclamação no Ministério Público, onde poderemos acompanhar o protocolo a partir do mês de novembro;

> Realização da Passeata em articulação com o CEFET- NI e o IFRJ (CEFETEQ - Nilópolis), que se veem assolados pelo mesmo problema, contando com cerca de 700 estudantes indignados a lutar por seus direitos (Veja mais no nosso poste específico e no vídeo http://www.youtube.com/watch?v=X3syP-2cvc8 ) e cujas reportagens foram divulgadas nos jornais de Hoje, Extra e Hora H;

> Entrevista na rádio Tropical sobre o descaso com os estudantes;

> Nova manifestação sendo organizada para o dia 28/10/2010 (próximo post).

Nosso respaldo legal:


* Lei 4291/2004 - Institui a bilhetagem eletrônica - RIOCARD 

Leia os artigos que garantem a gratuidade aos estudantes, e determinam que mesmo quando esses não receberam o cartão previamente solicitado ainda assim possuem direito à gratuidade:

Art. 6º Aos beneficiários das gratuidades previstas em Lei, observado o art. 112, § 2º, da Constituição deste Estado, é assegurada a gratuidade nos ônibus convencionais de duas portas, no metrô, nos trens e nas barcas, sendo que, na hipótese do Sistema de Bilhetagem Eletrônica, desde a sua implantação, sendo garantido o recebimento gratuito dos respectivos cartões eletrônicos, com créditos ou direitos de viagens correspondentes. 

§ 1º – Para o exercício da gratuidade, cada um dos seus beneficiários utilizará o cartão eletrônico, sendo que o seu ingresso nos veículos dar-se-á da mesma forma que o do usuário pagante.

§ 2º O serviço de cadastro será realizado pela Secretaria de Estado de Transportes que se responsabilizará pelos usuários a serem beneficiados, nos termos do “caput” deste artigo.

Art. 7º O beneficiário da gratuidade poderá solicitar a expedição do cartão a qualquer dos operadores do Sistema ou subdelegatária (art. 5º e seu § 3º).

§ 1º – É vedada a expedição de mais de um cartão por beneficiário, o que será objeto de controle pelos operadores do Sistema, ressalvado o disposto no art. 8º.

§ 2º A solicitação será atendida no prazo de 30 (trinta) dias, contados do deferimento pela autoridade competente.

§ 3º Caso o cartão não seja entregue no prazo estabelecido no parágrafo anterior, o beneficiário da gratuidade não será impedido de usar o sistema de transporte gratuitamente.


http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contLei.nsf/c8aa0900025feef6032564ec0060dfff/4a67b20c38c0f82283256e620067711f?opendocument

*Lei 4510/2005 - Gratuidade dos estudantes no transporte coletivo
http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/contlei.nsf/69d90307244602bb032567e800668618/3b714281166c970483256f89006d268c?OpenDocument&ExpandSection=-2

*Decreto sobre gratuidade para estudantes da rede federal: DECRETO Nº 36.992 DE 25 DE FEVEREIRO DE 2005
http://www.silep.planejamento.rj.gov.br/index.html?decreto_36_992___25022005.htm



No próximo post, divulgação do próximo ato. Participe!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A realidade do ensino público superior e o posiconamento dos estudantes

"Infelizmente, a educação não é uma prioridade em nosso país. Nossas universidades estão cada dia mais voltadas aos interesses do mercado. São problemas recorrentes a falta de professores/as efetivos, laboratórios, assistência estudantil e bibliotecas atualizadas. Além disso, vivenciamos uma estrutura física precária, o acesso à universidade pública é restrito e nas instituições privadas pagamos mensalidades abusivas. Essa situação é a expressão de anos de políticas que têm desmontado o serviço público: precarização e privatização da saúde, da previdência e da educação pública, decorrentes da falta de verba nesses setores. Isso demonstra como os sucessivos governos vêm retirando direitos sociais conquistados com muita luta ao longo da história. Essa realidade é consequência de políticas neoliberais protagonizadas pelos governos FHC e Lula.


O atual modelo de universidade reproduz as desigualdades e injustiças de nossa sociedade. As políticas educacionais vigentes, como a Lei de Inovação Tecnológica, o Ensino a Distância, o REUNI, o ENADE/SINAES, o PROUNI, o Novo ENEM/SISU e a disseminação das fundações privadas impõem que os currículos, as pesquisas e o conhecimento produzido sejam destinados aos interesses do mercado. A falta de financiamento do Estado para a educação pública (os cerca de 4% do PIB para a educação estão muito longe dos necessários 10%) e os incentivos fiscais aos grandes empresários da educação, através do PROUNI, demonstram que é a lógica da educação enquanto mercadoria que predomina. A expansão de vagas nas universidades públicas feita pelo REUNI ocorre sem recursos adequados, e só tem se dado à custa da quebra do tripé ensino, pesquisa, extensão e sem a infra-estrutura necessária – como já haviam alertado as ocupações e mobilizações dos estudantes em 2007. Em julho deste ano, Lula assinou o “Pacote da Autonomia” instituindo mais uma ofensiva à educação pública, um conjunto de medidas que se utiliza da justificativa de diminuição dos entraves institucionais para regularizar iniciativas privadas (e também parcerias público-privadas) que direcionam o tripé ensino, pesquisa e extensão para o atendimento de demandas do capital.

Inconformados/as com esse quadro, inúmeros/as estudantes, em todo o Brasil, têm se mobilizado por mais verbas para a educação, expansão com qualidade, redução de mensalidades, pelo direito de assistência estudantil e pelo compromisso da universidade com os reais problemas desse país. Porém, é prática recorrente dos reitores e governos criminalizar, perseguir e punir aqueles/as que se organizam por essas reivindicações, sufocando a democracia no interior das universidades, calando a voz de quem insiste em questionar o modelo de educação atual. Da mesma forma, o movimento docente, representado pelo ANDES-SN, vem sendo vítima de medidas que cerceiam a sua autonomia organizativa."

Fragmento da Carta aprovada no Seminário Nacional Unitário entra a ANEL e a Esquerda da UNE realizado nos dias 9,10 e 11 de outubro de 2010. (http://anelivre.blogspot.com/2010_10_01_archive.html)

Do tempo em que se faziam boas múscias: ÍNDIOS - Renato Russo

Quem me dera


Ao menos uma vez

Ter de volta todo o ouro

Que entreguei a quem

Conseguiu me convencer

Que era prova de amizade

Se alguém levasse embora

Até o que eu não tinha



Quem me dera

Ao menos uma vez

Esquecer que acreditei

Que era por brincadeira

Que se cortava sempre

Um pano-de-chão

De linho nobre e pura seda



Quem me dera

Ao menos uma vez

Explicar o que ninguém

Consegue entender

Que o que aconteceu

Ainda está por vir

E o futuro não é mais

Como era antigamente.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Provar que quem tem mais

Do que precisa ter

Quase sempre se convence

Que não tem o bastante

Fala demais

Por não ter nada a dizer.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Que o mais simples fosse visto

Como o mais importante

Mas nos deram espelhos

E vimos um mundo doente.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Entender como um só Deus

Ao mesmo tempo é três

Esse mesmo Deus

Foi morto por vocês

Sua maldade, então

Deixaram Deus tão triste.



Eu quis o perigo

E até sangrei sozinho

Entenda!

Assim pude trazer

Você de volta pra mim

Quando descobri

Que é sempre só você

Que me entende

Do iní­cio ao fim.



E é só você que tem

A cura do meu vício

De insistir nessa saudade

Que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Acreditar por um instante

Em tudo que existe

E acreditar

Que o mundo é perfeito

Que todas as pessoas

São felizes...



Quem me dera

Ao menos uma vez

Fazer com que o mundo

Saiba que seu nome

Está em tudo e mesmo assim

Ninguém lhe diz

Ao menos, obrigado.



Quem me dera

Ao menos uma vez

Como a mais bela tribo

Dos mais belos índios

Não ser atacado

Por ser inocente.



Eu quis o perigo

E até sangrei sozinho

Entenda!



Assim pude trazer

Você de volta pra mim

Quando descobri

Que é sempre só você

Que me entende

Do início ao fim.



E é só você que tem

A cura pro meu vício

De insistir nessa saudade

Que eu sinto

De tudo que eu ainda não vi.



Nos deram espelhos

E vimos um mundo doente

Tentei chorar e não consegui.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Papo Cabeça: Palestra sobre política 28/09/10


Bem essas são as fotos de mais um Papo Cabeça dessa vez falando sobre um tema que estava sendo bastante discutido nessa ultima semana que foi o tema: política .
Todo mundo sabe que no dia 3 de outubro de 2010 foram as eleições para decidir o futuro do nosso país. Pensando nisso nós do Papo Cabeça preparamos uma palestra com o tema: Você nas Eleições onde tivemos literalmente um papo cabeça sobre essas questão.
Primeiramente o Patrocínio deu uma palinha sobre esse tema; logo depois o nosso convidado Marcelo Ramos, jornalista conceituado no Brasil, falou sobre a questão política e principalmente a questão da importância do nosso ato de votar mesmo como jovens e adolescentes.
Foi supre legal mesmo, tivemos dinâmicas e foi bem interessante saber sobre algo que muita das vezes deixamos de lado que é a questão política aqui no nosso país.

E-mail do palestrante: mjornalista7@hotmail.com
Blog: http://profreporter.blogspot.com/